havia pétalas por toda parte, rosa desfolhada, à dor se entregou.
como juntar suas partes? estava inundada, arrasada, estava sem reação.
preferiu esquecer a verdade, para não sofrer.
confuso sentimento, desprezando a humildade do recomeço.
a chegada das lágrimas, purificadoras, foram usadas de forma errada.
Espinhos nunca foram boa companhia. mas a rosa deveria saber que
só enquanto respirar precisaria dos espinhos para manter-se essência.
malditas escolhas, miseráveis sentimentos das flores, tão filauciosas.
preferiu perder parte de si, do que conviver com os espinhos.
será covardia? morrerá só, seca, afinal, todas as rosas têm espinhos,
e por mais que os arranquemos, sempre crescerão.
e o mais provocante é saber que as pétalas murcharão,
as folhas apodrecerão, mas os espinhos sempre estarão lá.
sempre faltará algo se aqueles espinhos ali não estiverem.
DEUS? sim, dessa forma Ele quis, para que nosso caminho
cercado por rosas de espinhos, não se desviasse.
pobre rosa, compadeci-me,
ainda não sabe que se ela perder os espinhos,
deixa de ser rosa.
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